Ontem li uma reportagem na
qual o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso afirmou numa revista alemã, Capital, que a presidente Dilma é
honrada e não participou de corrupção no país. Ainda que essa afirmação fosse
verdadeira, o que não é, o momento é inadequado para que um ex-presidente da
república, presidente de honra do PSDB (maior partido de oposição), se preste a
fazer elogios à atual presidente da república, pois ela integra o partido da
situação que tem levado o Brasil ao caos, seja por incompetência ou por
desonestidade. Não é sem razão que sua popularidade está no chão. Não vejo,
contudo, honradez na presidente Dilma, pois a pessoa honrada não mente e nem
compactua com mentira; igualmente a pessoa honrada não compactua com o roubo e
nem protege ou elogia ladrões. Logo, as palavras do ex-presidente são
inconsequentes e danosas para os brasileiros, vez que na ânsia de se fazer
simpático, SABOTA o processo de depuração que estamos vivenciando. Observem que
ele chegou a afirmar na reportagem que o Lula não deve ser preso! Afinal
de contas, ele é juiz? Ou, caso fosse, ainda que munido de provas não prenderia
o Lula apenas porque ele foi um líder operário? Essa atitude do Fernando
Henrique carrega um forte elemento narcísico, pois busca se colocar acima do
bem e do mal como se fosse uma entidade superior. Em verdade sequer estadista
foi, pois um estadista não sabotaria um processo espontâneo e extraordinário de
depuração dos valores como ocorre em nosso país. Eu que sempre admirei e votei
em Fernando Henrique, faço o mea culpa, e digo que não votaria nesse infeliz
jamais, como também afirmo que ele enlameou sua biografia; ou melhor,
desnudou-a, mostrando-nos quem ele realmente é: um petista enrustido. Seria muito saudável que se iniciasse
um processo de exclusão do Fernando Henrique dos quadros do PSDB.
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