O
poema sobre o amor
“Ainda
que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse Amor, seria
como o metal que soa ou como o sino que tine. E ainda que tivesse o dom da
profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse
toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse Amor, nada
seria. E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres,
e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, se não tivesse Amor, nada
disso me aproveitaria. O Amor é paciente, é benigno; o Amor não é invejoso, não
trata com leviandade, não se ensoberbece, não se porta com indecência, não
busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal, não folga com a
injustiça, mas folga com a verdade. Tudo tolera, tudo crê, tudo espera e tudo
suporta. O Amor nunca falha. Havendo profecias, serão aniquiladas; havendo
línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá; porque, em parte conhecemos,
e em parte profetizamos; mas quando vier o que é perfeito, então o que é em
parte será aniquilado. Quando eu era menino, falava como menino, sentia como
menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as
coisas de menino. Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos
face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou
conhecido. Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três; mas
o maior destes é o Amor”.
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