SILAS GONÇALVES DE BARROS. ----
No momento de "Crise" todos sofrem perdas em determinadas proporções! Não existe setor econômico/financeiro imune à Crise. Mas é certo que alguns setores econômicos têm poder de recuperação maior que outros. O sistema econômico é cíclico por natureza. A expansão econômica, estagnação e recessão, fazem parte da natureza do sistema econômico. Isto devido às inúmeras variáveis que interferem diretamente no processo econômico (eventos naturais, políticos, financeiros, culturais, religiosos, etc.). Economia é a ciência que fornece ferramentas para a administração de recursos escassos. Daí um dos maiores problemas, considerando que uma má administração desses recursos que pode ser num ponto de uma única variável, interfere em todo o sistema. Sabemos que as maiores economias do mundo estão passando por momentos de crise, causados principalmente por decisões financeiras e políticas equivocas ou até mesmo levianas. Além disso, algumas economias tiveram ainda fortes eventos naturais principalmente os países do bloco Asiático. Numa economia globalizada, qualquer mudança afeta a todos numa velocidade muito maior do que tínhamos até o fim da década de 1980 e início da década de 1990. A surpreendente evolução tecnológica que possibilitou uma comunicação mundial praticamente em tempo real, faz com que qualquer evento econômico em determinado local, tenha proporções diferentes e mudanças bruscas em diversos países. Pois, a informação é uma das ferramentas de grande utilidade na administração dos recursos escassos (Ciência econômica). A rapidez na comunicação, da mesma forma que causa abalos econômicos de grande proporção, também possibilita aos mais competentes, uma rápida recuperação ou retomada do crescimento. Isto explica porque os EUA, mesmo diante dos seríssimos problemas imobiliários e financeiros dos últimos anos e convivendo com plena crise dos países da zona do Euro, já teve um crescimento do PIB em 2012 de 244% superior ao PIB Brasileiro (PIB dos EUA 2,2% X PIB do Brasil 0,9%). O desempenho da economia brasileira, apesar de ter sido semelhante aos Países da Zona do Euro, não tem nenhuma ligação, visto que países da América Latina, Ásia, entre outros, principalmente os conhecidos como emergentes, tiveram desempenho econômico superior ao do Brasil. O principal motivo do crescimento pífio da economia brasileira em 2012, está na má administração dos recursos naturais (Fomento à exportação de commodities sem agregação de valor algum, criando no Brasil um processo de desindustrialização que levará décadas para reverter). Ingerência política exacerbada nas empresas estatais (principalmente no setor de energia, causando danos irreparáveis ao patrimônio Público). Má gestão das dívidas Externa e Interna, fazendo com que o Serviço das Dívidas (juros e taxas), consuma boa parte das receitas da União, e desta forma, inibindo os investimentos em infraestrutura (Rodovias, ferrovias, portos, aeroportos, Ciência e Tecnologia, etc.). Perdão de dívidas e péssima negociação com Países aliados do Governo, sem as contrapartidas destes e/ou de outros. Má condução dos recursos do BNDES, canalizando-os para investimentos duvidosos e sem perspectivas de retorno (Financiamentos em Cuba, Venezuela, Bolívia, Empresas do Eike Batista, Estádios de Futebol, entre outros). Diante do exposto acima, respondo sua pergunta anterior: Infelizmente mais uma vez a Nação vai pagar a maior parte da conta, com sérios prejuízos para as empresas Estatais e o BNDES!
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