A EDUCAÇÃO PEDE SOCORRO

Não sou especialista na érea, mas vou dar meus palpites com base na experiência. Da forma como a politica educacional brasileira está posta, não dará certo jamais. Pode-se gastar milhões de reais e o dinheiro escoará pelo ralo. O erro está, a meu ver, no princípio. Toda politica educacional está fundamentada na ideologia socialista, a qual deu errada em praticamente todos os campos, v.g., economia, ciência, política etc. Porque daria certo no campo educacional? E digo que essa política vem sendo adotada desde há muito, tendo se firmado mais nos governos Fernando Henrique, Lula e Dilma. O fato é que a educação no Brasil está um caos. Para constatar basta ver os indicadores. A situação vai piorar ainda mais com a adoção da politica das cotas, que os esquerdistas equivocados afirmam ser inclusivas, mas na verdade são desestruturadoras do pouco que ainda temos em termos de ensino superior. Quem viver verá os danos que a nação sofrerá. Na última Revista Veja, p. 110-112 temos uma pérola de artigo da lavra e Gustavo Ioschpe, via do qual ele examina e ao mesmo tempo critica as propostas dos candidatos a prefeito para a educação. Ele pinçou 4 tópicos: ENSINO EM TEMPO INTEGRAL, TECNOLOGIA EM SALA DE AULA, VALORIZAÇÃO DO MAGISTÉRIO E EDUCAÇÃO INCLUSIVA E DEMOCRÁTICA. Vamos ao que ele disse sobre eles: 1) Ensino em Tempo Integral - as propostas em geral são no sentido de aumentar fortemente o número de alunos em ensino de tempo integral, usando o contraturno especialmente para atividades culturais. O que funciona: segundo ele não hã evidência de que o ensino integral leve a avanço na aprendizagem. Segundo ele o calendário brasileiro prevê 800 horas-sula por ano, sendo que nos países do OCDE, a média é de 743 horas. Significa que no Brasil temos 200 dias de aulas e nesses países 186. Afirma que quantidade não é qualidade. O fato é que em nossas escolas provou-se que 22% das aulas previstas são canceladas. Além disso, mesmo quando a aula ocorre o aproveitamento é baixo. Segundo estudos, de 29% a 39% do tempo da aula é disperdiçado com atividades sem relação com o ensino. A proposição de Ioschpe é que se após essas constatações ainda desejarem implatar o ensino integral, que o façam com ensino de matemática, português e ciência. Diz ele que aulas de balé, judô e crochê não fazem o ensino progredir; 2) Tecnologia em Sala de Aula - as propostas em geral é instalação de laboratórios de informática e redes de wi-fi nas escolas, distribuir laptops ou tablets a alunos e professores, e colocação de lousas mágicas em sala de aula. Segundo Ioschpe não há evidência de que qualquer dessas medidas tenha impacto no aprendizado. Segundo ele não adianta instalação de software e hardware quando os professores não estão capacitados para usá-los e quando os alunos entendem mais a respeito que os mestres. Afirma que há possibilidade de uma educação de qualidade sem alta tecnologia, desde que profissionais da educação sejam qualificados; 3)- Valorização do Magistério - quer dizer aumentar o salário dos professores, estruturar carreiras, investir em eventos e formação. O articulista diz que não funciona e eu concordo com ele, pois, segundo ele afirma, salário de professor não guarda relação com qualidade de ensino. Ao falar em formação o candidato quer gastar dinheiro com cursos comprovadamente ineptos ou promover eventos de "treinamento" que na verdade são eventos de lazer, em qua alguem canta, declama, ou há um teatrinho ou uma palestra de algum autor de autoajuda de quinta. Ioschpe destaca que a maioria dos municípios não tem universidades munipais, motivo porque falar em formação é um engodo. Salienta que o profissional que realmente deveria ser motivo de atenção é o diretor da escola: aumentar o salário dos diretores. Há pesquisas comprovando que no caso deles, o salário tem relação com a qualidade do aprendizado; 4) Educação Inclusiva e Democrática - fazer com que todas as escolas sejam preparadas para receber alunos portadores de necessidades especiais. Observa o articulista que os alunos portadores de necessidades especiais constituem um contigente pequeno, cerca de 1,5%. Afirma que há um problema mais sério: 50% dos alunos sofrem disturbios de saúde que afetam o apendizado. São disturbios da audição e visão, que poderiam ser resolvidos com um exame de saúde básico em todos os alunos da rede nos primeiros dias do ano letivo. Segundo Ioschpe, a China faz isso com ótimos resultados. Pois é, idéias nada mirabolantes resolveria muito mais que invecionices desprovidas de comprovada eficácia.

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