A PETROBRAS ESTÁ CONTRA NÓS

É um absurdo a política de preços de combustíveis no Brasil. Nós brasileiros estamos sendo escorchados pela Petrobras. Pagamos aqui na região de Londrina até R$1,90 pelo preço de um litro de álcool. Igualmente pagamos alto em relação ao litro da gasolina. O brasileiro esperava que com o advento do álcool pudesse ter opção e com isso escapar do preço alto da gasolina. Porém, como se sabe, a Petrobras também é quem determina o preço no mercado do etanol. E ela tem aumentado sua participação acionária em grupos sucroenergético, como se pode ver de parte de uma publicação de fato relevante ocorrido em abril de 2010.

FATO RELEVANTE

Parceria entre Petrobras e Tereos no Setor Sucroenergético Petróleo Brasileiro S.A. (Petrobras) e Tereos Participações Ltda. (Tereos Internacional) anunciam uma parceria estratégica para investirem conjuntamente na Açúcar Guarani S.A. (Guarani), subsidiária do Grupo Tereos, com o objetivo de acelerar seu crescimento na indústria brasileira de etanol, açúcar e bioenergia.

Nada contra o crescimento da empresa, mas tudo contra o monopólio e a transferência dos ônus dos negócios para os consumidores. Tenho percebido que quando o preço do litro de álcool aumenta, simultaneamente se eleva o preço do litro da gasolina, sendo esse um motivo impeditivo do consumidor optar. Isso porque conforme os dados disponíveis só é conveniente abastecer com álcool se o preço do litro deste for de até 70% do preço do litro da gasolina. Assim, se quando ocorreu essa alta do álcool a gasolina permanecesse no mesmo preço, tudo bem, optaríamos pela gasolina e resolveríamos nossos problemas. Contudo o que ocorreu? Logo que o preço do litro do álcool subiu, o preço do litro da gasolina também se elevou. E daí, pergunto, que vantagens estamos levando com o álcool? Nenhuma, e não ganharemos nada, pois a Petrobras agora, monopolizando também o etanol jogará nas costas dos brasileiros o seu risco empresarial, e com isso seguirá contabilizando seus lucros, só que não em razão da sua eficiência administrativa, mas em decorrência da transferência do seu peso de mastodonte para nossas costas.

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